A manutenção e monitorização do nosso Centro de Tratamento de Resíduos Orgânicos (C.T.R.O.) – constituído por um compostor e quatro tanques de minhocultura – o "ex-libris" da implementação do programa Eco-Escolas na nossa escola (recorde-se que fomos a primeira escola da Região a aderir a esta prática, entretanto já difundida por diversas outros estabelecimentos de ensino), é uma das atividades particularmente significativas do nosso plano de ação. Revolver regularmente os resíduos ali acondicionados, controlar o seu teor de humidade e exposição solar, verificar as condições de temperatura a que estão sujeitos e recolher o composto produzido são algumas das tarefas que exigem atenção (quase) permanente ao longo do ano letivo.
Quaisquer falhas verificadas ao
longo deste processo (ex.: humidade
excessiva da “cama” de resíduos, temperatura interna dos tanques muito elevada ou
desequilíbrio na proporção comida cozinhada / papel e cartão) poderão não só alterar
a qualidade do composto final como, também, originar a libertação de maus
odores ou a atração de eventuais pragas.
Mas
porquê “tanto trabalho”?, questionar-se-ão os menos esclarecidos. Primeiro,
porque uma das premissas da nossa intervenção no âmbito do Eco-Escolas incide
na área da prevenção da produção de resíduos, reduzindo a sua produção ao mínimo
indispensável ao normal funcionamento da escola. Assim, reduzir a
quantidade de resíduos, no caso orgânicos, encaminhados para reciclagem,
procedendo nós próprios ao respetivo tratamento e valorização foi o que norteou
– há já muito, muito tempo! – a criação do nosso C.T.R.O., obtendo-se de igual
modo um excelente fertilizante para os jardins da escola. É que o composto
produzido nos nossos tanques de minhocultura não é uma “terra” qualquer! O
húmus das minhocas melhora a porosidade e a ventilação do solo, aumentando a
capacidade de captação de nutrientes pelas plantas; aumenta a vida biológica no
solo com o desenvolvimento de bactérias e fungos fixadores de azoto; permite o
controlo da toxicidade do solo, corrigindo excessos de alumínio, ferro e
manganês; corrige o pH dos solos, contribuindo para um pH mais favorável ao
desenvolvimento das plantas; promove uma drenagem controlada, evitando
encharcamentos; contribui para a alteração da estrutura do solo, suavizando
efeitos de erosão, compactação, impermeabilização e desertificação; favorece o
aumento da resistência das plantas a pragas e doenças; e é um adubo natural
fonte abundante de nutrientes para as plantas.
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