quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

'FUNCHAL FREECYCLE': 'RECICLAR' EM VEZ DE DEITAR FORA


Chama-se 'Funchal Freecycle' e foi criado recentemente. O projecto é feito à imagem do que já existe em cerca de uma centena de países de todo o mundo e em outras cidades portuguesas e tem como objectivo reciclar objectos em vez de os deitar fora.Cristina Abreu, moderadora do grupo do Funchal e que prefere se intitular como uma simples voluntária do projecto, ouviu pela primeira falar sobre o 'Freecycle' em blogues norte-americanos e rendeu-se ao conceito.A jovem madeirense achou interessante o facto de haver um projecto através do qual as pessoas se podem 'desfazer' dos mais variados objectos (móveis, electrodomésticos, roupas, livros, revistas, entre outros) ou até animais, colocando-os à disposição de pessoas que os poderão utilizar e que realmente precisem dessas peças, em vez de os deitar fora numa qualquer lixeira ou aterro. "Há sempre alguém que precisa de alguma coisa", acrescenta. Tal como todos os outros grupos já existentes, o 'Funchal Freecycle' é um projecto sem quaisquer fins lucrativos ao qual podem aceder pessoas interessadas em dar algum objecto de que já não precisa ou pessoas à procura de determinada peça. "Não é exigido nada a ninguém", ressalva Cristina Abreu. "É tudo gratuito".Porém há regras a cumprir. Os objectos devem ser apropriados a todas as idades e cumprir requisitos legais. Não podem ser afixados objectos de pornografia, bebidas alcoólicas, drogas, tabacos e armas (brancas ou de fogo).Além da vertente de dar determinados objectos a quem precisa e de reutilizar as peças até onde for possível, o 'Freecycle' também tem o propósito de "evitar que os aterros e as lixeiras encham de um momento para outro e transbordem". Cristina Abreu diz que, ao nível mundial, com as cerca de seis milhões de pessoas que já fazem parte do projecto, estima-se que se evite a entrada diária em aterros e lixeiras de 500 toneladas de 'lixo'."Achei que fazia falta na Madeira um projecto destes", explica a moderadora e fundadora do 'Funchal Freecycle'.A iniciativa que já está activa, além de no Funchal, em Alcobaça, Aveiro, Braga, Coimbra, Covilhã, Faro, Leiria, Lisboa, Loures, Maia e Porto, funciona inteiramente através da Internet.Através do portal 'Yahoo' é possível entrar numa página do grupo do 'Funchal Freecycle' e, neste local, anunciar quais os objectos que as pessoas têm para dar ou então, quais os objectos que desejam receber de outras pessoas. "É tudo muito simples", ressalva Cristina Abreu. O projecto está aberto a todas as pessoas, de todas as idades e estratos sociais e aceita também a participação de instituições sem fins lucrativos.Para mais informações poderão consultar o site oficial do movimento em www.freecycle.org ou então esclarecer dúvidas com a moderadora Cristina Abreu, enviando um mail para o endereço de correio electrónico funchafreecycle-owner@yahoogroups.com. Se quiser aderir à iniciativa basta visitar o espaço do grupo em http://groups.yahoo.com/group/funchalfreecycle e clicar em 'join this group'. Depois, basta seguir os passos e começar a participar.

Com os devidos agradecimentos ao professor Paulo Cafôfo.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

O PECADO DE DARWIN...

Comemoram-se hoje os duzentos anos do nascimento do "pai" da teoria da evolução, o conhecido naturalista britânico Charles Darwin. Um pouco por todo o lado, mas principalmente em Inglaterra, a sua terra natal, a data vem sendo assinalada com grande pompa já que o autor de A Origem das Espécies foi sem sombra de dúvida um dos "pesos pesados" do mundo das ciências naturais, estatuto alcançado muito em parte devido aos estudos científicos publicados em A Origem das Espécies. Porém, aspectos "obscuros" ainda hoje ensombram a origem da teoria da evolução, não tanto pelos princípios subjacentes àquela, cuja aceitação é hoje praticamente universal, mas, fundamentalmente, por algumas "pontas soltas" deixadas pelo seu autor.
Para os menos familiarizados com a vida e obra do nosso "aniversariante" é importante adiantar que tudo começou quando o então jovem Charles Darwin embarcou na famosa viagem do HMS Beagle, em 1831, como amigo do capitão Fitzroy – apesar do naturalista oficial da expedição ser na realidade Robert McCormick. As observações e recolhas realizadas por Darwin ao longo da costa sul-americana mas, fundamentalmente, as célebres observações feitas nas Ilhas Galápagos, já em 1833, entraram para a história como o momento de inspiração de Darwin para a percepção da teoria evolutiva.

Quatro anos mais tarde a circum-navegação do Beagle terminava e, como seria de esperar, a comunidade científica ansiava pelas revelações que, sabe-se hoje, mudariam definitivamente o curso da Ciência. No entanto as coisas não se processaram bem dessa forma. Na realidade Darwin apenas descreveu as suas teorias em 1859 – mais de vinte anos depois! - numa obra publicada de forma apressada e algo atabalhoada (e mais tarde reescrita) sob o título de Da Origem das Espécies por Meio da Selecção Natural. E foi o comportamento no mínimo intrigante de Darwin que esteve na origem das primeiras dúvidas: qual a pressa para publicar tão importante teoria, quase como um rascunho, depois de mais de vinte anos de quase absoluto sigilo? Será que Darwin temia alguma coisa? A resposta para estas e ouras questões parece estar na correspondência pessoal mantida entre Charles Darwin e Alfred Russell Wallace, brilhante naturalista de "segunda linha" que, na época, não passava de um profissional pobre que tinha que trabalhar para sobreviver – muito ao contrário de Darwin, descendente de famílias aristocratas. Wallace passou onze anos na Amazónia, mais precisamente no Rio Negro e, ao que parece, foi quem "deu a dica" a Darwin através de cartas (que constam em suas inúmeras biografias), antecipando as conclusões sobre os próprios achados de Charles. Ao morrer, em 1882, Darwin deixou um legado de aceitação relativa da "sua" teoria. Muito depois, já em 2003, a conclusão do sequenciamento do genoma humano pôs em evidência a enorme semelhança entre a nossa carga genética e a dos chimpanzés, reforçando o pensamento Darwiniano de que temos um ascendente em comum. Se dúvidas subsistissem, confirmava-se assim que Darwin estava certo. Ou seria Wallace?
Como se não bastassem as suspeitas, estudos recentes levados a cabo por um grupo de cientistas britânicos confirmam a acusação a Darwin de plágio em A Origem das Espécies. Os cientistas trabalharam com um grupo de analistas de computação, especialistas em programas anti-plágio, para investigar em detalhe A Origem das Espécies, principal motor da moderna teoria da evolução. Resultado: os investigadores concluíram que algumas das ideias mais importantes de A Origem das Espécies foram copiadas de outro naturalista britânico, com quem Darwin trocava frequentemente correspondência, precisamente... Alfred Russell Wallace!
A este propósito aconselhamos vivamente a leitura do romance de John Darnton O Pecado de Darwin, obra galardoada com o Prémio Pulitzer que, não obstante tratar-se de uma obra de ficção (baseada em documentos históricos), combina de forma harmoniosa as vertentes histórica e ficção. Vale bem a pena a leitura.

ALUNOS VISITAM EMPRESA DE RECICLAGEM DE PLÁSTICOS

Realizou-se ontem, no âmbito da disciplina de Ciências Naturais de 8.º ano, uma visita de estudo à empresa Brasilite, indústria transformadora de resinas plásticas sedeada no Parque Empresarial da Zona Oeste, em Câmara de Lobos. Com a realização desta actividade pretendia-se que os alunos compreendessem a importância da gestão sustentável dos recursos, designadamente no que concerne aos resíduos, já que, como alunos e professores puderam constar “in loco”, é possível fazer-se o respectivo reaproveitamento com vantagens evidentes, quer em termos ambientais, quer em termos económicos. Desta forma, não só é possível voltar a rentabilizar a matéria-prima utilizada na confecção dos diversos plásticos (fundamentalmente polietileno, um polímero que se obtém a partir do petróleo) como, também, contribuir para a redução da quantidade destes resíduos na Natureza, cuja degradação é extremamente morosa – entre 100 a 400 anos – e prejudicial aos ecossistemas.
No decurso da visita a esta empresa, a única da Região que efectivamente realiza a reciclagem de plásticos, os alunos puderam verificar as diferentes fases por que passam os resíduos desde a sua recepção até à obtenção do produto final. Deveras interessados e participativos, acreditamos que os alunos saíram mais consciencializados para a importância da separação selectiva de resíduos que, nos tempos que correm, mais do que uma obrigação é já um acto cívico individual.
A terminar, e uma vez que a Brasilite é uma das empresas coligadas ao Liberal, empresa de artes gráficas responsável pela impressão da quase totalidade das publicações de imprensa regionais, fomos ainda presenteados pelos nossos anfitriões com uma visita extra às instalações daquela gráfica, para além de um saco brinde com algumas daquelas publicações.
E porque, por razões que se prendem com a política interna da própria empresa, não é possível proceder à recolha de imagens no interior das respectivas instalações, deixamos a “foto de família” captada no final da visita.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

EXPOSIÇÂO DE TRABALHOS DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA

Está patente desde segunda-feira, no átrio principal da nossa escola, uma exposição de trabalhos realizados pelos alunos de 7.º e 8.º anos no âmbito da disciplina de Educação Tecnológica.
A criatividade posta por cada aluno no respectivo trabalho confere a cada uma destas obras a originalidade característica de peças únicas. Ainda assim todos os trabalhos apresentam um denominador comum: foram realizados com recurso à reutilização de materiais, desde garrafas, latas, CDs, cartão e até, imagine-se, rodas de bicicleta! O resultado final foram diversos candeeiros, candelabros, lustres e outros artefactos de iluminação sem dúvida muito originais.
A dinamização desta actividade está a cargo da docente Patrícia Brito, a quem naturalmente agradecemos o empenho colocado na concretização desta interessante iniciativa.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

O NOSSO ECO-ESCOLAS NA RÁDIO CALHETA

A Rádio Calheta transmitirá pelas 11h00 da próxima quinta-feira, dia 05 de Fevereiro, uma entrevista com Renato Azevedo, coordenador do programa Eco-Escolas da nossa escola. Durante os cerca de quarenta e cinco minutos de conversa com Paulo Anastácio o professor de Ciências fala dos principais projectos implementados / em implementação pela EB 123 Professor Francisco M.S. Barreto no âmbito deste programa, do futuro e, também, do passado. A não perder!
Esta emissão terá reposição no Domingo, dia 08 de Fevereiro, pelas 13h00.