domingo, 28 de outubro de 2007

ADEUS PORTO MONIZ, OLÁ CÂMARA DE LOBOS

Terminou hoje o I Encontro Regional de Eco-Escolas da RAM que decorreu durante este fim-de-semana – com abertura na sexta-feira – na pitoresca vila de Porto Moniz. Um evento cuja realização já se impunha, dado o crescente número de escolas madeirenses galardoadas com a bandeira verde. Este ano foram trinta e seis e, a julgar pelos indicadores apresentados no encontro, brevemente aquele número atingirá a meia centena.
Este seminário tinha (teve) por principal objectivo reunir os docentes coordenadores do programa Eco-Escolas dos diversos estabelecimentos da Região galardoados pela ABAE – Associação Bandeira Azul da Europa – com a bandeira verde, e outros, bem como os técnicos dos municípios envolvidos, por forma a incentivar a partilha de ideias e a troca de experiências, no âmbito do programa.
Iniciativa conjunta da Câmara Municipal do Porto Moniz, Centro de Ciência Viva e da Direcção Regional do Ambiente, este evento revelou-se verdadeiramente frutuoso para todos quantos tiveram oportunidade de nele marcar presença, não só pela qualidade e diversidade das intervenções apresentadas, como também pelos diferentes ateliers de carácter prático dinamizados por algumas das escolas participantes. As visitas guiadas, quer ao Centro de Ciência Viva, quer ao Aquário da Madeira, foram condimentos que acrescentaram qualidade extra a este encontro.
A Escola Professor Francisco M.S. Barreto foi, como não poderia deixar de ser, uma das que marcou presença neste encontro. Renato Azevedo, docente coordenador do programa na nossa escola, foi um dos oradores convidados apresentando uma comunicação subordinada ao tema “A minhocultura no tratamento de resíduos orgânicos”. Aquele docente aproveitou ainda a oportunidade para dar a conhecer neste seminário regional Eco-Escolas o filme “Ouro Sub Azul”, vencedor do concurso Latitude 60 na categoria audiovisual.
Esgotada a edição inaugural, há agora que pensar a do próximo ano que, é já oficial, realizar-se-á na cidade de Câmara de Lobos – o segundo município do país no ranking de escolas galardoadas – conforme confirmado naquele encontro pelo Dr. Leonel Silva, vereador do Ambiente na autarquia câmara-lobense.

A terminar, não podemos deixar de congratular aqueles que se arrojaram na concretização do I Encontro Regional de Escolas da RAM – o pontapé de saída que faltava – com especial destaque para a Câmara Municipal do Porto Moniz, lançando assim a semente que, estamos certos, tem muito solo fértil para vingar.

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

CHEGOU À NOSSA ESCOLA:


A nossa escola acabou de fazer a sua adesão ao Programa Tinteirinho. O Programa Tinteirinho é um programa de recolha de tinteiros e toners para impressoras, em associação com o Programa Eco-Escolas, que premeia com pontos as escolas participantes. Com uma forte vertente ambiental, pedagógica e social, este é um programa essencial e inovador no que a educação ambiental diz respeito. Assim, tinteiros e toners vazios recolhidos são valorizados sendo convertidos em pontos, pontos esses que poderão depois ser trocados por material informático que a escola necessite (computadores, impressoras, projectores, câmaras digitais, webcam, leitores de DVD, …)
Quantos mais tinteiros e toners vazios juntarmos melhor. Assim o Ambiente sai mais limpo, a escola ganha mais pontos e todos quantos participam no programa saem beneficiados. Fala com os teus pais e amigos e explica-lhes que tinteiros e toners vazios não são lixo. Trá-los para a escola! Brevemente teremos recipientes próprios para a deposição deste tipo de resíduos. Entretanto, entrega-os ao teu professor de Ciências.
Ajuda-nos a divulgar o Programa Tinteirinho nas tuas "surfadas" pela net. Está ao teu alcance fazer coisas tão simples como estas que, não obstante, podem ajudar muito o planeta onde vivemos.
Não te esqueças: tinteiros e toners vazios não são lixo!

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

PARA AGUÇAR O APETITE...

Muito rica em proteína, vitaminas e sais minerais, a minhoca já vem sendo consumida pelo homem há milhares de anos, na forma de farinha, como ingredientes de sopas, em receitas de doces e assados. Os chineses da província de Fujian, por exemplo, famosos pela culinária exótica, já comem minhocas há séculos, misturadas com pedaços de carne para, segundo eles, aguçarem o sabor dos pratos. Os restaurantes de outras províncias chinesas, como Guangdong, Taiwan e Heinan, há muitos anos também incluem sopas de minhocas em seus cardápios. A tribo indígena Makiritare sedeada nas margens do Rio Cononama, na Venezuela, também tem o hábito milenar de se alimentar com este anelídeo. Minhocas azuladas de meio metro de comprimento são capturadas pelas índias em terrenos barrentos e degoladas com as bocas para lhes removerem o conteúdo dos corpos. Depois de limpas, as minhocas são então imersas num pote de barro cheio com água quente durante alguns minutos, deixando-as esbranquiçadas. Por fim, os índios temperam as minhocas com “aji”, um condimento usado comummente por esse povo indígena, e consumidas com pedaços de pão de mandioca.
Em 1975, na cidade de Pomona, estado da Califórnia, EUA, uma empresa formada por diversos minhocultores promoveu uma exibição e competição de gastronomia usando
este verme como ingrediente principal. O evento tinha a finalidade de divulgar o valor nutritivo da minhoca e alertar os participantes sobre o potencial de transformá-la em alimento humano rotineiro.
No início da década de noventa, alguns países do sul e ocidente da Europa começaram a produzir uma série sortida de produtos à base deste animal: minhocas enlatadas, cogumelos com minhocas, pães e biscoitos que levam o anelídeo na receita.



PS: Espero que esta apetitosa leitura não constitua mote para um "ataque organizado" ao stock de minhocas da escola, com pretextos gastronómicos. É que a ideia não é nova! Houve já um aluno que o fez - obviamente que por imperativos éticos não vou dizer o respectivo nome. Por favor não insistam! Já disse que não posso dizer que foi o J(...)

terça-feira, 16 de outubro de 2007

CURIOSIDADES SOBRE A MINHOCULTURA

Os povos de civilizações antigas, como os egípcios, gregos e romanos conheciam já, valorizavam e utilizavam o trabalho das minhocas para desenvolver diversos tipos de culturas agrícolas. A importância das minhocas para a fertilização e recuperação dos solos já era reconhecida pelo filósofo Aristóteles que definia estes seres como "arados da terra", graças à sua capacidade de escavar os terrenos mais duros.
Os antigos egípcios atribuíam poderes divinos às minhocas, protegendo-as por lei. A grande fertilidade do solo do vale do Nilo deve-se não só à matéria orgânica depositada pelas enchentes do rio Nilo, como também à sua humificação pelas minhocas que ali proliferam em enormes quantidades.
Uma das principais personalidades a advogar a importância das minhocas no equilíbrio dos ecossistemas foi o conhecido naturalista britânico Charles Darwin. O autor de A origem das espécies chegou mesmo a afirmar que "a minhoca é a melhor amiga do Homem". Após quarenta anos de pesquisas, Darwin publicou o espectacular ensaio intitulado: A formação do húmus através da acção das minhocas.


Sabias que...


  • Os chineses utilizam a minhoca na alimentação humana há mais de 2000 anos e certas tribos da África equatoriana alimentam-se diariamente delas?´
  • Na cidade de Pomona, nos EUA, há concursos anuais gastronómicos com pratos feitos à base de carne de minhoca?
  • A NASA revelou recentemente pesquisa mostrando que utiliza pasta de minhocas na dieta de cosmonautas?
  • O manual de sobrevivência do exército americano recomenda que, esgotadas as fontes de recursos de alimentação usuais (cereais, animais conhecidos e frutas), deve-se cavar próximo das raízes de árvores, retirar três minhocas e ingeri-las, por serem consideradas ração suficiente para um dia na alimentação humana. Três minhoquinhas valem por um bife?
  • Pode parecer estranho mas na Europa e nos Estados Unidos, a minhoca vem sendo usada como base de alimentação para humanos? Já existem até hambúrgueres de minhocas!

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

JARDIM ATLÂNTICO MAIS UMA VEZ PIONEIRO

O Hotel Jardim Atlântico, nos Prazeres, recebeu ontem o primeiro Certificado do Sistema LiderA - Avaliação da Sustentabilidade, um sistema voluntário para certificação ambiental por marca da sustentabilidade da construção em Portugal, que é liderado pelo Instituto Superior Técnico de Lisboa.
A cerimónia foi presidida pela secretária regional do Turismo e Transportes e teve lugar no hotel, perante outros convidados e o pessoal da unidade hoteleira que detém o melhor currículo ambiental da Madeira, distinguido por diversas entidades internacionais pelas suas boas práticas.Conceição Estudante distinguiu precisamente essa postura da unidade, que desde a sua abertura lhe conferem prestígio e diferença, constituindo um alerta e um exemplo para toda a restante hotelaria regional.
A governante fez questão de destacar que o Hotel Jardim Atlântico é um bom exemplo para todos, nomeadamente numa ocasião em que a Região Autónoma se promove como destino turístico subordinada a conceitos que implicam a conservação da Natureza e a preservação do Ambiente. "Temos de ter capacidade para colocar a Madeira nesse ambiente natural, promovendo e assegurando a sua manutenção", tal como têm feito os responsáveis, os trabalhadores e os hóspedes daquele hotel.
O Sistema LiderA - Avaliação de Sustentabilidade da Construção surgiu em 2000, no âmbito de uma investigação do professor Manuel Duarte Pinheiro, do Instituto Superior Técnico, e tem em vista elaborar um sistema que apoie, avalie e contribua para a gestão ambiental e sustentabilidade da construção, em especial do edificado.Durante a cerimónia usaram ainda da palavra Mónica Heras, administradora, e Celina Neves, directora do hotel, que destacou o facto da certificação estar integrada na Semana da Flor Europeia 2007 que decorrerá em toda a Europa de 8 a 14 de Outubro, além de marcar o início da Semana do Rótulo Ecológico Europeu que o hotel assinala na mesma data.Com esta certificação, o Hotel Jardim Atlântico é mais uma vez pioneiro na Península Ibérica, pois trata-se da primeira unidade edificada em Portugal e Espanha que recebe o diploma. O sistema, embora numa fase piloto, é apontado como um regulador importante para definir no futuro a sustentabilidade dos edifícios.


domingo, 7 de outubro de 2007

MARICULTURA DA CALHETA GARANTE QUALIDADE NO PEIXE

O Centro de Maricultura da Calheta, construído em 2000, orçou então os 2 milhões de euros, tendo sido financiado pela União Europeia em 70 por cento, através do FEDER. Em termos anuais, os custos médios de funcionamento da infra-estrutura ronda 1,2 milhões de euros, sendo que na sua maioria os projectos desenvolvidos são suportados por fundos comunitários. A garantia de qualidade nas culturas de peixe e a investigação representam principais desafios.
O director do Centro de Maricultura da Madeira, Carlos Andrade garante que “nunca teve a pretensão de transformar o centro numa maternidade para as culturas privadas, desenvolvendo sim, trabalho de investigação de novas espécies para produção além das existentes, formação e apoio técnico e na emissão de pareceres”.Um dos principais desafios do centro de maricultura passa pela investigação de novas espécies, cuja aposta recai agora no pargo, espécie que tem elevada procura no mercado regional e nacional. Para Carlos Andrade é chegado o momento das empresas privadas apostarem em novos produtos para diversificar a produção e escoamento da dourada, espécie produzida em larga escala e a custos mais reduzidos. Atento a esta situação, o Centro de Maricultura da Calheta tem vindo a desenvolver um projecto pioneiro em Portugal, apoiado pela União Europeia, para melhorar a reprodução do pargo. “Os resultados são animadores e podemos informar que estamos já em condições de revelar que a produção industrial da espécie será uma realidade no próximo ano”, anunciou Carlos Andrade. “Este ano o teste resulta numa produção de 20 toneladas, mas em 2008 podemos atingir já as 50 toneladas”. Em alguns casos, os trabalhos de investigação das espécies neste campo apenas produzem resultados em períodos mais alargados, mas no caso particular do pargo, pelo facto de a produção ser reduzida, permite continuar a evoluir no estudo. O trabalho do centro, tem vindo a incidir sobretudo na selecção dos peixes reprodutores, cuja capacidade de engorda é mais rápida. Além disso, o Centro de Maricultura da Calheta está empenhado em contribuir para o repovoamento das espécies no mar, pelo que parte da produção, será lançada ao mar. “Estamos a evoluir nesse sentido e a estudar algumas zonas de repovoamento, que durante algum tempo serão vedadas à pesca, para que os juvenis possam crescer e reproduzir-se”, asseverou Carlos Andrade. “Só em períodos controlados serão autorizadas as capturas no mar”. Sobre as vantagens da aquacultura, o responsável do centro de investigação sedeado na Calheta, não tem dúvidas: “Trata-se de um peixe que dá mais garantias de segurança alimentar ao consumidor por ser mais fresco, visto ser capturado e em pouco tempo estar à disposição das pessoas”.Carlos Andrade considera mesmo que nos próximos anos, dadas as características da Madeira, espécies como garoupa, sargo e bodião poderão ter mais produção.

PEIXE É MATÉRIA-PRIMA RENDÍVEL

Na óptica do responsável pelo Centro de Maricultura da Calheta, Carlos Andrade, a Região Autónoma da Madeira tem condições para apostar claramente na cultura de peixe, como uma mais-valia na diversificação da sua economia. “Não há dúvidas de que o peixe será uma das únicas matérias-primas que a Madeira terá para oferecer, visto reunir condições excepcionais para o seu desenvolvimento”, realçou o director do centro. A experiência desenvolvida com a dourada desde meados dos anos 90, permitiu desenvolver projectos como o pargo, que a curto prazo será produzido em aquacultura. O centro de maricultura, realçou Carlos Andrade, está apto a contribuir para a prossecução dos objectivos das empresas privadas, quer ao nível técnico, quer na investigação necessária para a difusão de mais investidores no sector. Pese embora o facto de não haver ainda muita regulamentação, Carlos Andrade garante que o próprio centro pode ajudar na elaboração de elementos técnicos para a composição de propostas legislativas que visam facilitar, de certa forma, o acesso de futuros investidores às culturas de peixe na Região. “A Madeira tem muito boas infra-estruturas e condições naturais para fazer trabalhos de investigação e para desenvolver projectos piloto neste sector”, realçou Carlos Andrade.
Miguel Fernandes, in Jornal da Madeira

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

I ENCONTRO REGIONAL DE ECO-ESCOLAS DA RAM

Entre 26 a 28 deste mês decorrerá, no Centro de Ciência Viva do Porto Moniz, o I Encontro Regional de Eco-Escolas da Região Autónoma da Madeira. Face aos reconhecidos êxitos dos encontros realizados a nível nacional, é de esperar que se venha a registar neste I Encontro de Eco-Escolas da Madeira uma significativa participação das escolas da Região e especialmente dos professores e demais entidades envolvidas no Programa Eco-Escolas.
A nossa escola far-se-á naturalmente representar, estando prevista a apresentação de uma comunicação sobre o tema "A Minhocultura no Tratamento de Resíduos Orgânicos", a cargo de Renato Azevedo, docente coordenador do projecto.
A participação é aberta a todos os interessados.
Para mais informações consulte o site http://www.ccvportomoniz.com/

BANDEIRA VERDE FOI "OURO SUB AZUL"

A comprovar que o programa Eco-Escolas da Escola Professor Francisco M. S. Barreto não se cinge ao grupo disciplinar de Ciências Naturais ou mesmo ao (s) clube (s) de actividades de enriquecimento curricular que neste estabelecimento apresenta (m), pela sua índole, uma maior vocação para a abordagem das temáticas do Ambiente, está o facto de uma das iniciativas que maior sucesso granjeou junto do júri da ABAE, de entre as diversas desenvolvidas no ano lectivo findo ter sido – sem desprimor para as demais – a participação da nossa escola no concurso LATITUDE 60. Um trabalho desenvolvido por um grupo de docentes e alunos que reflecte na plenitude o espírito do programa Eco-Escolas: a envolvência da comunidade educativa num projecto que, não sendo de ninguém, é de todos. De recordar que esta participação valeu-nos o 1º prémio a nível nacional na categoria audiovisual, de entre centenas de candidaturas. A saga realizada pela “Aurora Boreal” – pseudónimo da escola – com o título “Ouro Sub Azul”, decorre no ano 2075 quando gradualmente os humanos se vêem forçados a ir viver para as profundezas dos oceanos devido à poluição e ao degelo.
Um tributo a não perder ao tema do ano do programa Eco-Escolas, alterações climáticas.

FRANCISCO BARRETO JÁ É ECO-ESCOLA


A Escola Professor Francisco MS Barreto, sedeada na freguesia da Fajã da Ovelha, é uma das três do concelho – a par da “reincidente” secundária da Calheta e da também estreante, primária da Ladeira e Lamaceiros – indigitadas para a atribuição do galardão Eco-Escolas 2007, comummente conhecido por bandeira verde. A cerimónia de atribuição do galardão que consagra as escolas que mais e melhores projectos no âmbito da temática ambiental desenvolveram no ano lectivo findo, decorrerá a dezanove do próximo mês, em Pombal.
Para a consagração da escola da Fajã muito terá contribuído a implementação de projectos no âmbito do processamento dos resíduos sólidos, designadamente a construção e manutenção de um Centro de Tratamento de Resíduos Orgânicos, constituindo-se este estabelecimento, hoje por hoje, caso único na Região na prática da vermicompostagem ou minhocultura. De entre os projectos desenvolvidos pela Francisco Barreto, destacam-se igualmente a participação daquela escola no concurso LATITUDE 60, arrecadando o 1º prémio a nível nacional, na categoria audiovisual, conforme informação oportunamente veiculada pelo “Diário da Calheta” ou a organização de um Plano de Mobilidade Escolar (PME) com vista à sua implementação no ano lectivo que agora se inicia, entre outros.
Com apenas três anos de existência, e tratando-se esta da primeira vez que esta escola apresenta a sua candidatura ao Galardão bandeira verde, os responsáveis pelo projecto não poderiam estar mais satisfeitos, dado que a atribuição do Galardão constitui o reconhecimento do trabalho realizado por toda a comunidade escolar na vertente ecológica
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Vítor Hugo, In diariodacalheta