A Escola Professor Francisco M.S. Barreto da Fajã da Ovelha foi uma das distinguidas – a única da Região – no âmbito do concurso Rock in Rio Escola Solar, de entre 197 escolas candidatas de todo o país.
Tal como o Jornal anunciou na sua edição de 21 de Março, a Escola Professor Francisco M.S. Barreto da Fajã da Ovelha foi uma das distinguidas – a única da Região – no âmbito do concurso Rock in Rio Escola Solar, de entre 197 escolas candidatas de todo o país. Este concurso foi um desafio dirigido às escolas pela organização dos concertos Rock in Rio, em parceria com a SIC Esperança, o Ministério da Economia e Inovação e o Ministério da Educação, visando uma forte acção de sensibilização e mobilização ambiental e social nas escolas. A apresentação de um projecto que, genericamente, consiste na construção e instalação de aquecedores solares utilizando embalagens descartáveis valeu à escola da Raposeira um lugar entre as vinte premiadas. Para conhecer melhor o projecto desta escola, a Olhar viajou até à ponta oeste da ilha no intuito de chegar à fala com alguns dos intervenientes. Paula Sacramento, uma das dinamizadoras do projecto, foi a nossa primeira interlocutora. Na ocasião a docente começou por declarar a relativa surpresa pela distinção alcançada: «confesso que de certa forma fui apanhada de surpresa aquando da divulgação dos resultados. Tinha a convicção de que estávamos a desenvolver um projecto de qualidade e, como tal, sentia algum optimismo mas, atendendo à natureza do concurso, sabia que seria muito difícil ficarmos entre as vinte melhores escolas» admitiu. Instada a revelar o “segredo” do sucesso relativamente ao projecto apresentado, a docente de Geografia realçou a simplicidade do mesmo: «o nosso projecto baseia-se na construção de aquecedores solares através da reutilização de alguns resíduos como garrafas de plástico transparentes, embalagens tetra pack de leite e sumos, sacos plásticos e papel. É por isso um projecto simples e com baixos custos». Sem se deter: «tem simultaneamente uma vertente ambiental e social associada, porquanto os aquecedores irão beneficiar nove agregados familiares carenciados e um Centro Social do Concelho» adiantou, referindo-se ao Centro Social da Ponta do Pargo. Outro dos rostos visíveis do projecto foi Renato Azevedo, docente coordenador do programa Eco-Escolas da Francisco Barreto. O professor de Biologia corroborou a opinião da colega de que a virtude do projecto apresentado reside na sua simplicidade, reforçando ainda o factor eficácia dos aquecedores: «antes de avançarmos para a produção “em série” dos painéis construímos primeiramente um protótipo. Realizámos então uma bateria de testes com o objectivo de aferirmos a eficácia deste modelo e chegámos à conclusão de que poderíamos obter aumentos da temperatura da água na ordem dos 30º C» afiançou, para logo acrescentar: «em testes realizados em Novembro a temperatura da água da rede rondava os 18º C e nós conseguimos temperaturas médias de 45º C» frisou, não disfarçando uma certa ponta de orgulho.Questionados relativamente à receptividade da ideia junto da comunidade educativa, Paula Sacramento classificou de «muito positiva e fulcral» a adesão da comunidade: «na verdade, desde a fase inicial o projecto despertou, pela sua singularidade, especial curiosidade e interesse entre todos, possibilitando a mobilização não apenas de docentes e alunos, mas também dos respectivos agregados familiares, quer na recolha dos materiais quer no seu tratamento para a construção dos aquecedores» esclareceu.Renato Azevedo sublinhou ainda que o projecto apresentado não se esgota com a atribuição do prémio: «estamos já a trabalhar nisto desde Outubro do ano passado e o nosso compromisso com os agregados familiares e com todas as entidades que nos apoiam vai até final do próximo ano lectivo», asseverou. Quisemos também auscultar a opinião de um aluno, pelo que ouvimos Alberto Silva, um dos alunos que, segundo os docentes, mais tem colaborado nos trabalhos: «penso que merecemos ganhar porque este projecto dá muito trabalho» desabafou, logo prosseguindo: «o projecto é interessante mas no princípio foi difícil conseguir as embalagens necessárias, principalmente as garrafas e sacos de plástico pretos». Questionado sobre se espera ir a Lisboa receber o prémio, este aluno do 8.º A foi pronto na resposta: «acho que mereço ir! É uma oportunidade de conhecer coisas novas e pessoas diferentes». A terminar, demos “tempo de antena” para Alberto acrescentar o que quisesse às suas breves declarações: «sinto orgulho em pertencer a esta escola» rematou. Renato Azevedo, por sua vez, agradeceu ao Conselho Executivo da sua escola pela «enorme receptividade sempre evidenciadas para este tipo de iniciativas», deixando uma referência particular ao professor Johnny Santos – «a ideia original foi dele» revelou. Aproveitando a onda de agradecimentos, Paula Sacramento enalteceu de igual modo a Câmara Municipal da Calheta e a AREAM (Agência Regional da Energia e Ambiente da Região Autónoma da Madeira), entidades que, «pela disponibilidade e contributos manifestados foram parceiros fundamentais no desenvolvimento e concretização do nosso projecto» concluiu.A Escola Professor Francisco M.S. Barreto vai agora receber sistemas fotovoltaicos para produção de energia eléctrica com terminal informático acoplado, material escolar diverso, bem como cinquenta bilhetes para os concertos Rock in Rio que decorrerão em Lisboa, entre 30 de Maio a 6 de Junho. Agora, o tempo é de reunir apoios no intuito de assegurar a presença dos alunos em Lisboa, numa deslocação que pretende contemplar não apenas a presença no evento Rock in Rio, mas também a visita a diversos pontos de interesse cultural (Torre de Belém, Mosteiro dos Jerónimos, Pavilhão do Conhecimento, Castelo de São Jorge, entre outros). É que as viagens Funchal – Lisboa não constam dos prémios a atribuir pela organização do concurso que se “esqueceu” que da Madeira ao Continente dificilmente se consegue ir de autocarro ou comboio.
Paula Abreu in Jornal da Madeira
Tal como o Jornal anunciou na sua edição de 21 de Março, a Escola Professor Francisco M.S. Barreto da Fajã da Ovelha foi uma das distinguidas – a única da Região – no âmbito do concurso Rock in Rio Escola Solar, de entre 197 escolas candidatas de todo o país. Este concurso foi um desafio dirigido às escolas pela organização dos concertos Rock in Rio, em parceria com a SIC Esperança, o Ministério da Economia e Inovação e o Ministério da Educação, visando uma forte acção de sensibilização e mobilização ambiental e social nas escolas. A apresentação de um projecto que, genericamente, consiste na construção e instalação de aquecedores solares utilizando embalagens descartáveis valeu à escola da Raposeira um lugar entre as vinte premiadas. Para conhecer melhor o projecto desta escola, a Olhar viajou até à ponta oeste da ilha no intuito de chegar à fala com alguns dos intervenientes. Paula Sacramento, uma das dinamizadoras do projecto, foi a nossa primeira interlocutora. Na ocasião a docente começou por declarar a relativa surpresa pela distinção alcançada: «confesso que de certa forma fui apanhada de surpresa aquando da divulgação dos resultados. Tinha a convicção de que estávamos a desenvolver um projecto de qualidade e, como tal, sentia algum optimismo mas, atendendo à natureza do concurso, sabia que seria muito difícil ficarmos entre as vinte melhores escolas» admitiu. Instada a revelar o “segredo” do sucesso relativamente ao projecto apresentado, a docente de Geografia realçou a simplicidade do mesmo: «o nosso projecto baseia-se na construção de aquecedores solares através da reutilização de alguns resíduos como garrafas de plástico transparentes, embalagens tetra pack de leite e sumos, sacos plásticos e papel. É por isso um projecto simples e com baixos custos». Sem se deter: «tem simultaneamente uma vertente ambiental e social associada, porquanto os aquecedores irão beneficiar nove agregados familiares carenciados e um Centro Social do Concelho» adiantou, referindo-se ao Centro Social da Ponta do Pargo. Outro dos rostos visíveis do projecto foi Renato Azevedo, docente coordenador do programa Eco-Escolas da Francisco Barreto. O professor de Biologia corroborou a opinião da colega de que a virtude do projecto apresentado reside na sua simplicidade, reforçando ainda o factor eficácia dos aquecedores: «antes de avançarmos para a produção “em série” dos painéis construímos primeiramente um protótipo. Realizámos então uma bateria de testes com o objectivo de aferirmos a eficácia deste modelo e chegámos à conclusão de que poderíamos obter aumentos da temperatura da água na ordem dos 30º C» afiançou, para logo acrescentar: «em testes realizados em Novembro a temperatura da água da rede rondava os 18º C e nós conseguimos temperaturas médias de 45º C» frisou, não disfarçando uma certa ponta de orgulho.Questionados relativamente à receptividade da ideia junto da comunidade educativa, Paula Sacramento classificou de «muito positiva e fulcral» a adesão da comunidade: «na verdade, desde a fase inicial o projecto despertou, pela sua singularidade, especial curiosidade e interesse entre todos, possibilitando a mobilização não apenas de docentes e alunos, mas também dos respectivos agregados familiares, quer na recolha dos materiais quer no seu tratamento para a construção dos aquecedores» esclareceu.Renato Azevedo sublinhou ainda que o projecto apresentado não se esgota com a atribuição do prémio: «estamos já a trabalhar nisto desde Outubro do ano passado e o nosso compromisso com os agregados familiares e com todas as entidades que nos apoiam vai até final do próximo ano lectivo», asseverou. Quisemos também auscultar a opinião de um aluno, pelo que ouvimos Alberto Silva, um dos alunos que, segundo os docentes, mais tem colaborado nos trabalhos: «penso que merecemos ganhar porque este projecto dá muito trabalho» desabafou, logo prosseguindo: «o projecto é interessante mas no princípio foi difícil conseguir as embalagens necessárias, principalmente as garrafas e sacos de plástico pretos». Questionado sobre se espera ir a Lisboa receber o prémio, este aluno do 8.º A foi pronto na resposta: «acho que mereço ir! É uma oportunidade de conhecer coisas novas e pessoas diferentes». A terminar, demos “tempo de antena” para Alberto acrescentar o que quisesse às suas breves declarações: «sinto orgulho em pertencer a esta escola» rematou. Renato Azevedo, por sua vez, agradeceu ao Conselho Executivo da sua escola pela «enorme receptividade sempre evidenciadas para este tipo de iniciativas», deixando uma referência particular ao professor Johnny Santos – «a ideia original foi dele» revelou. Aproveitando a onda de agradecimentos, Paula Sacramento enalteceu de igual modo a Câmara Municipal da Calheta e a AREAM (Agência Regional da Energia e Ambiente da Região Autónoma da Madeira), entidades que, «pela disponibilidade e contributos manifestados foram parceiros fundamentais no desenvolvimento e concretização do nosso projecto» concluiu.A Escola Professor Francisco M.S. Barreto vai agora receber sistemas fotovoltaicos para produção de energia eléctrica com terminal informático acoplado, material escolar diverso, bem como cinquenta bilhetes para os concertos Rock in Rio que decorrerão em Lisboa, entre 30 de Maio a 6 de Junho. Agora, o tempo é de reunir apoios no intuito de assegurar a presença dos alunos em Lisboa, numa deslocação que pretende contemplar não apenas a presença no evento Rock in Rio, mas também a visita a diversos pontos de interesse cultural (Torre de Belém, Mosteiro dos Jerónimos, Pavilhão do Conhecimento, Castelo de São Jorge, entre outros). É que as viagens Funchal – Lisboa não constam dos prémios a atribuir pela organização do concurso que se “esqueceu” que da Madeira ao Continente dificilmente se consegue ir de autocarro ou comboio.
Paula Abreu in Jornal da Madeira
1 comentário:
A escola esta bem representada, muitos parabéns aos professores e alunos do clube eco
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