quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

O PECADO DE DARWIN...

Comemoram-se hoje os duzentos anos do nascimento do "pai" da teoria da evolução, o conhecido naturalista britânico Charles Darwin. Um pouco por todo o lado, mas principalmente em Inglaterra, a sua terra natal, a data vem sendo assinalada com grande pompa já que o autor de A Origem das Espécies foi sem sombra de dúvida um dos "pesos pesados" do mundo das ciências naturais, estatuto alcançado muito em parte devido aos estudos científicos publicados em A Origem das Espécies. Porém, aspectos "obscuros" ainda hoje ensombram a origem da teoria da evolução, não tanto pelos princípios subjacentes àquela, cuja aceitação é hoje praticamente universal, mas, fundamentalmente, por algumas "pontas soltas" deixadas pelo seu autor.
Para os menos familiarizados com a vida e obra do nosso "aniversariante" é importante adiantar que tudo começou quando o então jovem Charles Darwin embarcou na famosa viagem do HMS Beagle, em 1831, como amigo do capitão Fitzroy – apesar do naturalista oficial da expedição ser na realidade Robert McCormick. As observações e recolhas realizadas por Darwin ao longo da costa sul-americana mas, fundamentalmente, as célebres observações feitas nas Ilhas Galápagos, já em 1833, entraram para a história como o momento de inspiração de Darwin para a percepção da teoria evolutiva.

Quatro anos mais tarde a circum-navegação do Beagle terminava e, como seria de esperar, a comunidade científica ansiava pelas revelações que, sabe-se hoje, mudariam definitivamente o curso da Ciência. No entanto as coisas não se processaram bem dessa forma. Na realidade Darwin apenas descreveu as suas teorias em 1859 – mais de vinte anos depois! - numa obra publicada de forma apressada e algo atabalhoada (e mais tarde reescrita) sob o título de Da Origem das Espécies por Meio da Selecção Natural. E foi o comportamento no mínimo intrigante de Darwin que esteve na origem das primeiras dúvidas: qual a pressa para publicar tão importante teoria, quase como um rascunho, depois de mais de vinte anos de quase absoluto sigilo? Será que Darwin temia alguma coisa? A resposta para estas e ouras questões parece estar na correspondência pessoal mantida entre Charles Darwin e Alfred Russell Wallace, brilhante naturalista de "segunda linha" que, na época, não passava de um profissional pobre que tinha que trabalhar para sobreviver – muito ao contrário de Darwin, descendente de famílias aristocratas. Wallace passou onze anos na Amazónia, mais precisamente no Rio Negro e, ao que parece, foi quem "deu a dica" a Darwin através de cartas (que constam em suas inúmeras biografias), antecipando as conclusões sobre os próprios achados de Charles. Ao morrer, em 1882, Darwin deixou um legado de aceitação relativa da "sua" teoria. Muito depois, já em 2003, a conclusão do sequenciamento do genoma humano pôs em evidência a enorme semelhança entre a nossa carga genética e a dos chimpanzés, reforçando o pensamento Darwiniano de que temos um ascendente em comum. Se dúvidas subsistissem, confirmava-se assim que Darwin estava certo. Ou seria Wallace?
Como se não bastassem as suspeitas, estudos recentes levados a cabo por um grupo de cientistas britânicos confirmam a acusação a Darwin de plágio em A Origem das Espécies. Os cientistas trabalharam com um grupo de analistas de computação, especialistas em programas anti-plágio, para investigar em detalhe A Origem das Espécies, principal motor da moderna teoria da evolução. Resultado: os investigadores concluíram que algumas das ideias mais importantes de A Origem das Espécies foram copiadas de outro naturalista britânico, com quem Darwin trocava frequentemente correspondência, precisamente... Alfred Russell Wallace!
A este propósito aconselhamos vivamente a leitura do romance de John Darnton O Pecado de Darwin, obra galardoada com o Prémio Pulitzer que, não obstante tratar-se de uma obra de ficção (baseada em documentos históricos), combina de forma harmoniosa as vertentes histórica e ficção. Vale bem a pena a leitura.

ALUNOS VISITAM EMPRESA DE RECICLAGEM DE PLÁSTICOS

Realizou-se ontem, no âmbito da disciplina de Ciências Naturais de 8.º ano, uma visita de estudo à empresa Brasilite, indústria transformadora de resinas plásticas sedeada no Parque Empresarial da Zona Oeste, em Câmara de Lobos. Com a realização desta actividade pretendia-se que os alunos compreendessem a importância da gestão sustentável dos recursos, designadamente no que concerne aos resíduos, já que, como alunos e professores puderam constar “in loco”, é possível fazer-se o respectivo reaproveitamento com vantagens evidentes, quer em termos ambientais, quer em termos económicos. Desta forma, não só é possível voltar a rentabilizar a matéria-prima utilizada na confecção dos diversos plásticos (fundamentalmente polietileno, um polímero que se obtém a partir do petróleo) como, também, contribuir para a redução da quantidade destes resíduos na Natureza, cuja degradação é extremamente morosa – entre 100 a 400 anos – e prejudicial aos ecossistemas.
No decurso da visita a esta empresa, a única da Região que efectivamente realiza a reciclagem de plásticos, os alunos puderam verificar as diferentes fases por que passam os resíduos desde a sua recepção até à obtenção do produto final. Deveras interessados e participativos, acreditamos que os alunos saíram mais consciencializados para a importância da separação selectiva de resíduos que, nos tempos que correm, mais do que uma obrigação é já um acto cívico individual.
A terminar, e uma vez que a Brasilite é uma das empresas coligadas ao Liberal, empresa de artes gráficas responsável pela impressão da quase totalidade das publicações de imprensa regionais, fomos ainda presenteados pelos nossos anfitriões com uma visita extra às instalações daquela gráfica, para além de um saco brinde com algumas daquelas publicações.
E porque, por razões que se prendem com a política interna da própria empresa, não é possível proceder à recolha de imagens no interior das respectivas instalações, deixamos a “foto de família” captada no final da visita.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

EXPOSIÇÂO DE TRABALHOS DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA

Está patente desde segunda-feira, no átrio principal da nossa escola, uma exposição de trabalhos realizados pelos alunos de 7.º e 8.º anos no âmbito da disciplina de Educação Tecnológica.
A criatividade posta por cada aluno no respectivo trabalho confere a cada uma destas obras a originalidade característica de peças únicas. Ainda assim todos os trabalhos apresentam um denominador comum: foram realizados com recurso à reutilização de materiais, desde garrafas, latas, CDs, cartão e até, imagine-se, rodas de bicicleta! O resultado final foram diversos candeeiros, candelabros, lustres e outros artefactos de iluminação sem dúvida muito originais.
A dinamização desta actividade está a cargo da docente Patrícia Brito, a quem naturalmente agradecemos o empenho colocado na concretização desta interessante iniciativa.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

O NOSSO ECO-ESCOLAS NA RÁDIO CALHETA

A Rádio Calheta transmitirá pelas 11h00 da próxima quinta-feira, dia 05 de Fevereiro, uma entrevista com Renato Azevedo, coordenador do programa Eco-Escolas da nossa escola. Durante os cerca de quarenta e cinco minutos de conversa com Paulo Anastácio o professor de Ciências fala dos principais projectos implementados / em implementação pela EB 123 Professor Francisco M.S. Barreto no âmbito deste programa, do futuro e, também, do passado. A não perder!
Esta emissão terá reposição no Domingo, dia 08 de Fevereiro, pelas 13h00.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

«NÃO DÊS TAMPA. DÁ TAMPINHAS» (QUASE) DUPLICOU RECOLHAS EM JANEIRO!

Fantástico! Sinceramente não nos ocorre forma melhor para adjectivar a adesão da comunidade da nossa escola à campanha de recolha de tampinhas de plástico encetada pelo Clube Eco este ano lectivo. Prova disso é o facto de neste mês de Janeiro, muito em parte por se seguir a uma quadra dominada pelo consumismo, o índice de recolhas (quase) ter duplicado relativamente ao acumulado do primeiro período. Dezanove tampões destes resíduos foram-nos entregues no corrente mês o que, aditado ao saldo anterior, perfaz já quarenta recipientes de 5 litros “cheiinhos a deitar por fora” num total de cerca de duzentos litros de tampinhas de plástico. Alunos, funcionários e professores, todos, cada um à sua maneira e dentro das respectivas possibilidades, têm contribuído de forma entusiástica para o sucesso desta campanha. A todos, em nome do (s) beneficiário (s) desta campanha os nossos sinceros agradecimentos. Recorde-se que o produto da recolha será posteriormente entregue à Associação Tampa Amiga para reciclagem, revertendo o mesmo em material ortopédico (cadeiras de rodas e outro) para uma instituição a indicar, ajudando desta forma quem mais precisa.
Atingido este patamar é importante agora não refrear. A meta – porque, como em tudo na vida, é sempre bom definir objectivos – é agora os cem tampões. Estamos porém cientes de que tal só será possível com a continuação da imprescindível colaboração de todos: vamos guardar as tampinhas lá de casa (de qualquer cor, forma ou tamanho) e colocá-las num dos diversos tampões disponíveis na nossa escola. Mais, vamos pedir ao vizinho e à vizinha para não deitar este importante recurso no lixo e, se possível, entregarem-no na nossa escola.
Nunca é demais lembrar o lema desta campanha: Não dês tampa ao Ambiente e à solidariedade. Dá tampinhas!

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

CONCURSO DE ESCRITA CRIATIVA "A MAGIA DA FLORESTA DA MADEIRA"

No âmbito das Comemorações do Dia Mundial da Biodiversidade, a Direcção Regional de Florestas, promove o Concurso de Escrita Criativa com o tema “A Magia da Floresta da Madeira”. Este Concurso é dirigido a todos os alunos do 1º ciclo do ensino básico, tendo como principal objectivo sensibilizar a população escolar para a importância da acção do Homem na preservação do ecossistema florestal e biodiversidade.
Os trabalhos deverão ser enviados com a ficha de inscrição até ao dia 3 de Abril de 2009, para Direcção Regional de Florestas/Divisão de Promoção e Educação Ambiental, Estrada Comandante Camacho de Freitas, nº 308/310, 9020-149 Santo António, Funchal
Para consulta do regulamento
clique aqui

OBRAS DE AMPLIAÇÃO DO C.T.R.O. – JÁ FALTOU MAIS…

Depois de um ligeiro interregno devido, em grande parte, às más condições climatéricas que se têm feito sentir nos últimos tempos, eis que as obras de ampliação do Centro de Tratamentos de Resíduos Orgânicos (CTRO) da nossa escola foram retomadas.
Depois do difícil e moroso desaterro, todo ele manual (como pode ser constatado aqui), os trabalhos de construção dos dois novos tanques de minhocultura já vão avançados, prevendo-se, assim o tempo o permita, a sua conclusão para o final da próxima semana. A fase seguinte consistirá na construção de um compostor que substituirá o anterior, entretanto desmantelado para dar lugar à construção dos dois novos tanques.
Recorde-se que a remodelação / ampliação desta infra-estrutura tem por objectivo alcançar a meta de processamento de 100% dos lixos orgânicos produzidos na escola.
Importante destacar que todos os trabalhos estão a ser executados por alunos, no caso particular do Clube Eco, naturalmente supervisionados pelos docentes dinamizadores daquele clube de actividades de enriquecimento curricular. De destacar também – e agradecer – o importante contributo da Junta de Freguesia da Fajã de Ovelha que, mais uma vez, disponibilizou a sua colaboração fornecendo todo o material utilizado nas obras.
Eis algumas imagens dos trabalhos: