sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

EXPERIÊNCIAS TÓXICAS NOS MARES DA MADEIRA?

A Administração dos Portos da Região Autónoma da Madeira desconhecia a polémica em torno do navio Weatherbird II, da companhia norte-americana Planktos, Inc. Este navio aportou na Madeira depois de o Governo das Canárias ter desautorizado as experiências científicas que, em parceria com a Universidade de Las Palmas, levaria a cabo em águas territoriais. O capitão do Porto do Funchal e da Polícia Marítima, Coelho Cândido, diz que o Weatherbird II chegou à Madeira no dia 14 de Dezembro e só a abandonará no dia 31 deste mês, justificando a permanência de um mês e meio na baía do Funchal com a necessidade de manutenção do navio e de descanso da tripulação, não tendo o navio apresentado qualquer pedido de autorização para investigações. Por enquanto, não se sabe se a Marinha Portuguesa acompanhará a saída do navio até ao limite das 200 milhas de zona económica exclusiva. O Governo das Canárias proibiu as investigações do navio por considerar que a "fertilização do oceano com ferro", com vista à redução de CO2, contém riscos tóxicos. O Convénio de Londres para a Contaminação Marítima e o Painel Intergovernamental das Alterações Climáticas da ONU proíbem práticas deste tipo.A Agência Canária de Desenvolvimento Sustentável e Mudança Climática solicitou ao Governo de Madrid que tomasse medidas urgentes para evitar a experiência dentro da Zona Económica Exclusiva do arquipélago. Organizações ambientalistas, como a Greenpeace, apoiaram a decisão das Canárias. Sabe-se que um dos objectivos de Russ George, presidente da Planktos, é largar dezenas de toneladas de ferro em águas internacionais, entre as Canárias e a costa de África, no Atlântico Sul. No ano passado, o Equador impediu a Planktos de, em águas internacionais e a 350 milhas das ilhas Galápagos, fertilizar 10 mil quilómetros quadrados com 100 toneladas de nano, partículas de ferro, para promover o crescimento de fitoplâncton e a absorção de carbono. Os cientistas já expressaram preocupação em relação ao efeito destas experiências no meio marinho, como a mutação no DNA de várias espécies e o desenvolvimento de microalgas com efeitos tóxicos.

3 comentários:

Francisco Coelho disse...

Ola Barreto
Primeiramente obrigado pela visita e comentario.Gostei muito do seu blog temos uma causa comum,teria muito prazer em uma troca de link com Ecobarreto,fico no aguardo,obrigado
Abç

Tat Wam Asi disse...

Parabéns pelo teu espaço. Vejo que temos sintonias e causas comuns.

Força!

Grande abraço

FranciscoBarreto disse...

Aos dois, obrigado pela visita.
Voltem sempre!